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13 de Maio de 2024

Advogada é chamada de ‘cachorra’ por advogado em audiência em Lauro de Freitas

Publicado por Ylena Luna
há 9 anos

Uma advogada foi chamada de “cachorra” por um colega advogado durante uma audiência de conciliação no Juizado Cível de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador, no último dia 27 de outubro. O áudio da sessão, obtido pelo Bahia Notícias, mostra o momento exato em que Marconi de Souza Reis critica a roupa da causídica Louise Lima Andrade e, em seguida, profere a agressão verbal.

“Repare, dali eu estava vendo sua calcinha. Da próxima vez, venha com uma roupa mais composta. Cachorra!”, atacou.

Um processo administrativo foi instaurado pela Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Bahia (OAB-BA) para apurar a conduta do advogado. A ação corre em sigilo.

Advogada chamada de cachorra por advogado em audincia em Lauro de Freitas

Marconi de Souza Reis chamou a advogada Louise Lima Andrade de 'cachorra'

Em nota, a presidente da Comissão de Proteção aos Direitos da Mulher da OAB-BA, Andréa Marques Silva repudiou a agressão sofrida pela advogada.

“É inadmissível que, ainda nos dias atuais, a mulher sofra censura moral e agressão verbal, de cunho discriminatório de gênero, em razão das suas roupas ou aparência. Não ter direito de propriedade sobre o seu próprio corpo e a sua imagem profissional é uma violência contra a mulher e não pode ser ignorada por esta Seccional”, criticou.

Segundo Andréa, logo após a agressão, a advogada recebeu apoio da comissão e todas as orientações para apuração do caso. A presidente do colegiado destacou, ainda, que “toda advogada, independentemente de classe, raça, etnia, orientação sexual, renda, cultura, idade e religião, goza dos direitos fundamentais, inerentes à pessoa humana”.

Confira o momento da agressão verbal:

Advogada chamada de cachorra por advogado em audincia em Lauro de Freitas

Publicado por Bruno Luiz/ Cláudia Cardozo em Bahia Notícias

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48 Comentários

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Deveria ter soado no áudio o barulho da mãozada estalando na cara desse sem vergonha! continuar lendo

Essa foi bem hilária. Ótima. Será que corro o perigo de estar, digamos, incentivando a agressão? De forma nenhuma, já deixo registrado. Mas que foi engraçada, ah, isso foi. continuar lendo

Não acho aceitável uma advogada ir com uma saia que se veja as calcinhas, como citado no áudio, se houvesse decoro e o minimo de vergonha não teríamos a situação armada! Se ele responder por falta de ética, ELA deveria por falta de decoro e compostura. continuar lendo

Dra.!

Comigo seria retorsão imediata com bastante excesso de legítima defesa.
Ele pensaria 4 vezes antes de falar isso para outra mulher... continuar lendo

Pelo que eu saiba ninguém viu nenhuma foto para dizer se a advogada realmente está mostrando a calcinha, mas tá todo mundo julgando.
Lamentável! continuar lendo

País machista, o que esperar? Intrigante que num espaço de manifestação onde a grande maioria é advogado o achômetro dá a tônica no tocante ao tamanho da saia da douta advogada (pois não há nenhuma comprovação de que era curta e/ou decotada). MAS O QUE esperar do país das bananas, em que a vítima, mulher quase sempre, é a causadora da agressão "por n~ se pôr no seu"devido"lugar", aff! continuar lendo

O mais engraçado é justificar o injustificável. O fato da advogado usar roupa curta não é motivo para o outro profissional a chamar de "cachorra". Muito melhor seria se ele argumentasse de forma educada e inteligente e mostrasse a opinião dele acerca da roupa dela, já que tanto o incomodou.

Perfeito mesmo seria se ele usasse toda essa energia no trabalho, e deixasse a roupa dela de lado. continuar lendo

Ao meu ver, não interessa se existe provas ou não do tamanho da vestimenta, o que interessa é o que o advogado falou.
Ia fazer diferença se tivesse foto mostrando as roupas íntimas da advogada? Quer dizer, se realmente ela estivesse com saia curta, a atitude do advogado seria legítima? continuar lendo

Mas é justamente Agna Ricci o que eu quis enfatizar, que os colegas estão mais preocupados com o tamanho da vestimenta da advogada, q com a agressão verbal, destemperada do "douto". A desproporção de uma situação em face a outra. continuar lendo

O advogado não tem o direito de tratar ninguém desta forma, principalmente uma colega de profissão. Ele agiu de forma antiética.
Cabe ao juiz determinar se a advogada está vestida seguindo o padrão e de acordo com as formalidades exigidas.
É uma vergonha para um homem graduado em Direito e que venceu as barreiras do exame de ordem, atuando como advogado e que aprendeu tanto sobre ética, valores, princípios, utilizar este linguajar para se referir a mulher. continuar lendo

se dirigir a mulher (ou a quem quer que seja) desta forma é uma conduta desonrosa. continuar lendo

Quer dizer que, além de examinar os autos, também é dever do Juiz decidir a respeito das vestimentas dos advogados? Os advogados é que devem ter discernimento e compostura, principalmente estando em audiência. E já que ninguém tem noção de nada, urge que o diretor do Forum estabeleça as regras de apresentação para pessoas que pretendem adentrar as dependências, como já fizeram aqui no R.J. varas federais e cíveis.Que vergonha! Vivemos tempos em que pessoas devem ser alertadas das noções mais básicas de convivência! continuar lendo

Se ele não gosta que tivesse fechado os olhos. Ela não tem nenhum motivo para se reportar a ele no tocante a suas vestimentas, logo ele não tem razão em falar qualquer coisa sobre o modo de vestir da advogada. Se quisesse que criticasse a atuação profissional (já que estavam numa audiência), nada de se meter com o que não lhe é da conta. continuar lendo

Vamos entrar de bermuda então no Forum... Sou casado, mas o minimo de compostura esta sra deveria ter... continuar lendo

Respeito inclui nas vestimentas também, nada ver isso que você falo. continuar lendo

Quando não se tem argumentos, começa-se a nivelar, por baixo, infelizmente. Nossa "Ágora" virtual é uma piada. continuar lendo

Infelizmente tem gente que quando está sem saída ataca os outros com agressões verbais, para assim conseguir o que deseja na base do grito. Acho que o único argumento que conseguiu para abalar sua colega, foi falar da sua veste. Acho que a calcinha da advogada não fazia parte do processo. Ele quis simplesmente desestabilizá-la. NADA A VER!!! continuar lendo

Exatamente! continuar lendo

Á doce e irada Euda Almeida: Parodiando um velho ditado dum comercial de TV, -"não faça da calcinha uma arma, pois a vítima pode ser você".
A mulher dispõe dum verdadeiro arsenal de charmosos recursos para impor sua pessoa, sua personalidade e conquistar seus objetivos. Não excluo aqui a possibilidade dalgum "golpe baixo" para desestabilizar o adversário numa contenda de direito. No caso em questão, fica a dúvida: Quem, afinal, tentou desestabilizar quem? continuar lendo