Lei obriga taxista a usar até smoking a partir de hoje
Novas regras: o "uniforme" obrigatório básico será composto por camisa e calça social (ou calça jeans escura), além de blazer em dias de frio.
São Paulo - A partir desta segunda-feira, 17, todos os taxistas que atuam em São Pauloterão de caprichar no visual para não serem multados pela Prefeitura.
Segundo portaria publicada pela gestão Haddad, o "uniforme" obrigatório básico será composto por camisa e calça social (ou calça jeans escura), além de blazer em dias de frio. As mulheres terão de usar "traje compatível", como tailleur. No caso de taxistas da categoria luxo, a exigência inclui terno e gravata ou smoking.
Ao mesmo tempo, os taxistas ficam proibidos de usar bermudas, camisetas esportivas (como de times de futebol), chinelos e bonés. As normas visam, segundo a Secretaria Municipal de Transportes, a padronizar a conduta e a postura no exercício da profissão.
Também entram em vigor nesta segunda exigências relacionadas à manutenção dos táxis, que deverão estar sempre polidos, aspirados internamente e com cintos de segurança disponíveis aos passageiros no banco dianteiro ou traseiro.
Já a obrigatoriedade de ofertar a possibilidade de pagamento eletrônico, por meio de cartão de crédito ou débito, foi adiada para 4 de março, a pedido dos taxistas.
Com as mudanças, a gestão Fernando Haddad (PT) procura oferecer as mesmas vantagens da Über.
Fonte: Exame
76 Comentários
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Sabe quando você compra um presente caro para uma namorada ou namorado? Certamente você não pensa nisso como gasto ou custo, mas sim como um investimento, algo que desejamos fazer por escolha (prazerosa) e que oferece um diferencial. Sua namorada vai comparar você com outros namorados ou o namorado da amiga e isso vai ter um impacto em nível competitivo. Mas imagine que agora existe uma regra que determina os padrões do presente. O resultado disso é que haverá uma desmotivação para que o presente seja diferenciado, já que existe uma média aceitável.
No caso das mudanças impostas, em um nível econômico [e psicológico, até], as situações são bem parecidas. O Uber nasceu do desejo de pessoas em manter certo padrão porque acreditavam que o seu valor era um diferencial competitivo no mercado. Então vem uma regra e padroniza. Já não temos mais um diferencial, o que pode elevar algum valor para os consumidores, mas mantém a competitividade desmotivada. Os ônibus são padronizados, por isso ninguém se motiva em melhorar os padrões, pois o valor de utilidade deles seria um custo, em tese, desnecessário, já que a média está (para mais ou para menos) nos mesmos moldes. A vida tem dessas coisas...
Regulamentar, em alguma medida, oferece benefícios, mas eles são superficiais; a liberdade de mercado, ao deixar que os níveis sejam colocados pelos próprios "jogadores" permite muito mais eficiência e valor. continuar lendo
Bela analogia; de fato, acredito que isso deveria partir do fornecedor. Não entendo o Estado intervindo até no uniforme dos taxistas, afinal, esse tipo de ingerência no âmbito privado deveria ser excepcional e justificado. continuar lendo
Em tese, o pensamento da livre concorrência propicia a melhoria dos serviços e redução de preços, mas infelizmente não é sempre que isso é verdadeiro. Nesses casos, é preciso uma intervenção forte do Estado no mercado.
Os taxistas sempre tiveram a concorrência dentro da própria categoria mas isto nunca implicou em melhoria de serviços. Foi preciso uma interferência de um aplicativo de celular para que eles começassem a se preocupar com aparência, manutenção, cordialidade etc.
Porque eles nunca se preocuparam com isso se antes já havia concorrência??? O Uber foi só mais um concorrente.
O que tenho visto é que a "livre concorrência", pelo menos no Brasil, não tem implicado em redução de custos e melhoria de serviços.
O que percebo é apenas o fechamento de postos de trabalho com o pretexto de redução de custos e nenhuma melhoria nos serviços ou produtos oferecidos. continuar lendo
Melhor padronizar do que continuarmos a ter péssimos serviços, com péssimos profissionais. continuar lendo
Agora teremos péssimos serviços com péssimos profissionais...padronizados.
Nada mais parecido com um coxinha neo liberal que um petista no poder. continuar lendo
Basta buscar novos diferenciais. continuar lendo
Coxinha neo-liberal?
Ermindo, o liberalismo rechaça esse tipo de intervencionismo estatal.
Aliás, de liberal o PT não tem nem a unha. continuar lendo
Comprar presente pra namorada é "investimento"? Bela comparação! continuar lendo
Caro: Todo restaurante competitivo tem seus empregados uniformizados, os funcionários de condomínios, os seguranças , as empregadas domésticas dos coxinhas, os motoristas de ônibus de empresas intermunicipal, escolas particulares, garis, ministros do supremos.... continuar lendo
Pra mim, por exemplo, o fato do cara estar de smoking num táxi não muda em absolutamente nada o fato de que não querer usar o serviço dele. Um smoking não muda o grande problema: como o sistema de táxi funciona. continuar lendo
Falta apenas a concorrência. Smoking não muda nada, concorrência sim. continuar lendo
A moeda oficial e corrente na República não é o real (dinheiro)? Como obrigar os taxistas a receber cartão de crédito? Não seria inconstitucional? continuar lendo
O pagamento por meio eletrônico (cartão, paypal) é rastreável e passível cobrança de impostos. É aí q está o interesse do governo em impor o meio de pagamento. continuar lendo